Mulheres sofrem violência doméstica e denunciam parceiros
O sol que emanava no primeiro dia do mês de fevereiro anunciava uma noite agradável para aquela quarta-feira, mas o clima era de medo e insegurança na mansão dos Melo. A denúncia contra o marido havia sido feita no dia anterior. Havia expectativas de que a justiça fosse cumprida. Mas para Djalma Brugnara Veloso, o pedido de separação devia ser respondido com morte.

Em um lugar menos luxuoso da capital mineira, outro caso já havia assustado a sociedade. Na tarde do dia 20 de janeiro de 2011, enquanto atendia uma cliente no seu próprio salão Maria Islaine de Morais foi surpreendida com a presença do marido. Fábio Willian Soares invadiu o espaço sem se intimidar com a presença dos clientes. Diante das câmeras de segurança, atirou na ex-mulher.

A jornalista Débora Favarini se surpreendeu com o seu próprio caso que foi parar na Delegacia da Mulher em Porto alegre. A causa da delação foi um soco na cabeça feito pelo próprio esposo e jogador Kleber de Freitas. O que Ana Alice Morais de Melo, Maria Islaine Morais e Débora Favarini têm em comum? Violência doméstica, parece ser a resposta mais indicada.

Embora os casos sejam recentes, a agressão às mulheres está presente na sociedade desde os primórdios, é o que alerta o juiz Relbert Chinaidre. Segundo o juiz, as mulheres são as responsáveis pela identificação dos primeiros indícios de alteração no comportamento do parceiro. Empurrões, beliscões, tapas, já são sinais de agressões físicas, segundo o relatório do Ministério da Saúde.

Dados do Núcleo de Estudos e Programas para Acidentes e Violências mostram que a agressão física a mulheres representaram 61% das ocorrências de violência física no ano passado no Distrito Federal. Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública Estadual, São Paulo lidera o ranking dos estados com maior índice de violência contra a mulher. Pelo menos oito mulheres são agredidas a cada hora. Em Belo Horizonte, já foram constatadas 8.768 ocorrências só no ano passado. A maioria por ameaça (3.192), seguida de agressão (2.191) e lesão corporal (1.358). Houve 28 tentativas de homicídio.

Para milhares de brasileiras que sofrem agressão dentro de casa, existe a Lei Maria da Penha. O código permite a proteção da mulher contra o agressor, o afastamento do marido da casa do casal, proibição de fazer contato com a mulher por qualquer meio de comunicação, dentre outras medidas. Chinaidre ressalta que a lei é uma das melhores armas de defesa da mulher. “É uma lei boa e eficaz contra a violência doméstica e tem ótimos instrumentos de proteção, pois possibilita a aplicação de medidas protetivas.”

Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres mostram que o número de atendimentos cresceu desde a entrada em vigor da lei. Em 2007, quando o sistema foi adaptado para receber informações sobre a Lei Maria da Penha, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) registrou 438.587 atendimentos. Entre janeiro e outubro do ano passado o sistema já havia recebido 530.542 ligações.

O número de serviços especializados no atendimento à mulher, como Delegacias e Juizados, também aumentou. No ano passado, o País tinha 928 serviços, contra os 521 existentes em 2006, sendo registrado, portanto, um crescimento de 78,1%.


Belo Horizonte também está investindo na segurança feminina. A partir do dia 5 de junho deste ano, será implantado na Avenida Olegário Maciel, 600, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar, CIM.

O CIM reúne duas varas judiciais com competência exclusiva para julgar os casos previstos na Lei Maria da Penha, representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, Delegacia de Mulheres (atendimento 24 horas), Posto do Instituto Médico Legal (IML) e Polícia Militar. As vítimas contam, ainda, com atendimento psicológico que será prestado pela Coordenadoria Especial de Promoção e Defesa da Mulher.

A Bíblia ensina aos maridos a amarem as esposas da mesma forma que Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Jesus amou a igreja servindo, ensinando e exortando. Os homens devem seguir o padrão ordenado por Jesus, porque somente a Palavra nos conduz a uma vida em abundância e paz nos relacionamentos.

Caso você esteja sofrendo agressões dentro de casa, ore para que Jesus possa ser o Senhor de seu lar. Ele é o nosso auxílio e fortaleza no dia da angústia. Depois recorra às autoridades, mas lembre-se que não há proteção melhor do que a celestial. Muitas das mulheres citadas no início da matéria morreram depois da denúncia, mas em Cristo somos guardadas e protegidas. O salmo 91, versículo 4 mostra a proteção do Pai. “Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo de suas asas encontrarás refúgio.”

Você também pode procurar o Ministério Casados para Sempre da Igreja Batista da Lagoinha. O trabalho auxilia casais na busca da perfeição para o seu casamento. Durante um período de quatro meses os casais se encontram uma vez por semana para receberem ensinamentos de princípios bíblicos que, divididos em temas, direcionam todas as suas condutas dentro do relacionamento conjugal.

:: Érica Fernandes erica.fernandes@redesuper.com.br
Em caso de violência doméstica, ligue:
Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher (Em São Paulo são 9 delegacias especializadas).
Atendimento à Mulher – 180
Ou ligue para este CDCM - Mariás 11 3294-0066 begin_of_the_skype_highlighting            11 3294-0066      end_of_the_skype_highlighting
Fonte: Lagoinha.com